CATARATA

O que é catarata?
A Cataratas é o termo que se da a turvação progressiva da lente intra ocular natural de nossos olhos. Esta doença se torna mais frequente com a idade: uma em cada cinco pessoas é afetada a partir dos 65 anos, mas duas em três após 85 anos. Existem, no entanto, casos precoces de origem congênita ou traumática.

Quais são os sintomas?
A catarata se manifesta por um declínio gradual na acuidade visual, perda de sensibilidade às cores e contrastes (no crepúsculo ou na visão noturna), brilho mais frequente e aversão à luz brilhante (fotofobia). O diagnóstico é feito por exame oftalmológico. A avalição medica com dispositivos específicos, possibilitam medir os efeitos da perda de transparência da lente e excluir outras patologias.

Dependendo da localização das opacidades da catarata e de sua gravidade, o estágio da catarata pode ser classificado. Atualmente, existem métodos mais objetivos do que um simples exame da lâmpada de fenda para avaliar o grau de opacidade da lente. A densitometria é uma delas (imagem por câmera rotativa Scheimpflug, através do instrumento Pentacam).

Quais são os fatores de risco para a doença?
Na grande maioria dos casos, as cataratas (no plural pois costumam acometer os dois olhos) se estabelecem gradualmente com a idade, sem identificar causas específicas. Mas existem formas hereditárias raras, que também afetam os mais jovens. A catarata pode ser um efeito colateral de um distúrbio ou trauma: choque, ferida, uveíte (inflamação), radioterapia, diabetes, tumor intraocular são fatores de risco. Quanto ao estilo de vida, mostra-se que fumar novamente tem um efeito prejudicial. O mesmo vale para a exposição prolongada ao sol sem óculos coloridos com filtros UV.

Como ela é tratada?
As cataratas são tratadas exclusivamente por cirurgia: a lente defeituosa é substituída por um implante. Após o diagnóstico, um exame oftalmológico pode calcular com precisão o poder da lente substituindo a lente. Existem dois tipos de implantes: monofocal (definido para visão remota, possivelmente exigindo óculos para visão de perto) e multifocal (configuração dupla para visualização de longe e próximo sem óculos). No entanto, representam apenas 5% das operações: além de exigir um olho saudável, não são cobertas por planos de saúde e exigem equipamentos específicos para melhorar a chance de diminuir a dependência do paciente ao óculos.

Como está indo a operação?
A operação geralmente é realizada em nível ambulatorial: o paciente é operado pela manhã e pode sair à tarde. Dura dez a vinte e cinco minutos. O paciente é anestesiado localmente, seja por simples gotas nos olhos (anestesia tópica) ou por injeção ao redor do globo ocular (técnica mais antiga). No caso de envolvimento bilateral (o mais frequente), os cirurgiões operam apenas um olho por vez, com um atraso mínimo de uma semana entre as duas operações.

O procedimento se dá por uma micro incisão, em geral de 2.2 mm na junção da conjuntiva e da córnea, é introduzida uma sonda que liquefaz o cristalino através do ultrassom, depois procede-se o implante da lente que é dobrada enquanto é injetada dentro do olho no local onde antes tínhamos a lente natural. O paciente sai da sala de cirurgia sem nenhum tipo de curativo, já podendo iniciar o uso dos colírios. A visão costuma retornar em 20 minutos devido ao ofuscamento causado pelo microscópio. Um teste de visão pode ser realizado no dia seguinte, mesmo que o exame final, especialmente no caso de uma prescrição de óculos, seja realizado duas semanas depois.

Quais são as consequências pós-operatórias?
Complicações são raras. Alguns pacientes apresentam edema da córnea, que desaparece em alguns dias. A inflamação ocular é mais comum em pessoas com diabetes ou com história de uveíte. A anestesia pode fazer com que algumas pessoas tenham visão dupla por algumas horas. A infecção intra-ocular é a complicação mais grave; pode levar à perda funcional do olho se não for tratada rapidamente, mas sua taxa de incidência hoje é de muito reduzida pelo uso de tecnologias e medicamentos. Pode ocorrer uma opacidade da capsula posterior do cristalino, que comumente é conhecido como “limpeza da lente” e pode ocorrer em até 30% dos paciente após 3 anos da cirurgia. Caso isto acontece o procedimento é feito com um LASER de YAG e não dura mais de 1 minuto para ser realizado, sem necessidade de anestesia ou mesmo repouso por parte do paciente, com resultado imediato na melhora da visão.